quarta-feira, 30 de junho de 2010

Metas do novo diretor mundial de comunicação: integração de mídias e fortalecimento da web


Desde 2007, na Associação Geral da Igreja Adventista do Sétimo Dia, na condição de número 2 da comunicação mundial, o brasileiro Williams Costa Jr, de 58 anos, está otimista quanto ao futuro. Em sua mente, duas metas estão bem claras para os próximos cinco anos para a estratégia de comunicação de uma organização com quase 17 milhões de membros e profundas diferenças culturais. Ele se tornou o novo diretor de comunicação em nomeação realizada em Atlanta, nos Estados Unidos, nesta semana.

O pastor Costa Jr. vai assumir um departamento com nove pessoas e atuação nos segmentos de relações públicas, assessoria de imprensa, agência de notícias, web e produção de conteúdo para TV, além de campanhas publicitárias.

“Uma das metas que precisamos perseguir é a de integrar as mídias adventistas como rádio, TV, web, agência de notícias”, comenta. Quando fala em integração, sendo mais específico, o brasileiro afirma que uma das ideias é que se crie uma espécie de central de jornalismo, por exemplo, capaz de gerar conteúdo relevante para a Igreja Adventista e para interessados nas informações adventistas, e que seja aproveitado por todas as mídias simultaneamente. O resultado, na avaliação de Costa Jr, é diminuição de custos e resultados mais efetivos. “A comunicação não é um departamento, mas um serviço estratégico”, explica.

Outra grande meta do novo diretor é a expansão e consolidação da web como grande plataforma para propagação da mensagem do evangelho em todo o planeta. Perguntado mais detalhadamente a respeito do que poderia ser feito, Costa Jr. afirmou que a atuação através de redes sociais terá grande importância nos próximos anos, o que permitirá uma maior interatividade. “Queremos, também, estimular o desenvolvimento próprio de canais de comunicação na web. Quando eu vejo um Facebook ou um Twitter, fico pensando em por que os adventistas, também, não podem criar mecanismos assim. Vamos trabalhar neste sentido”, assegura o líder.

Felipe Lemos

Williams Costa Jr. é o novo diretor de comunicação mundial adventista


A Comissão de Nomeações da Associação Geral da Igreja Adventista anunciou, na noite desta terça-feira, 29,a nomeação e o plenário aprovou o nome do novo diretor de comunicação da Igreja Adventista do Sétimo Dia no mundo.

Trata-se do maestro brasileiro e pastor Williams Soares Costa Jr, que assume o departamento de Comunicação em substituição ao pastor polonês Rajmund Dabrowsky.

Costa Jr. é natural de Recife, Pernambuco, tem 58 anos de idade e possui formação musical. É autor de vários hinos e canções utilizadas no hinário adventista e já atua como diretor associado do departamento. O músico já foi diretor de comunicação da Igreja para oito países da América do Sul: Argentina, Brasil, Bolívia, Chile, Paraguai, Uruguai, Peru e Equador.

Felipe Lemos

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Mais Destaque recebe homenagem na Assembleia Legislativa de São Paulo


O dia 21 de junho de 2010 certamente entrará para a história da Mais Destaque (MD). Nesta data, uma aprazível segunda-feira paulistana, a MD foi homenageada durante solenidade no Dia da Mídia, ocorrida no Plenário Juscelino Kubitschek da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp). O editor Marcelo Inácio recebeu uma placa de reconhecimento ao trabalho desempenhado na categoria Revista.

A solenidade, liderada pelo deputado estadual José Bruno (DEM), é dedicada aos profissionais de imprensa evangélicos, à mídia gospel e demais instituições ligadas à comunicação. Para tanto, é levado em conta diversos aspectos de cada área. Periodicidade, conteúdo, credibilidade, profissionalismo e relevância são alguns deles.

Na placa recebida vem a seguinte mensagem: Homenagem aos profissionais de imprensa, veículos e instituições de comunicação evangélicos. O deputado estadual José Bruno e a Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo oferecem esta homenagem para revista Mais Destaque, como reconhecimento pelos relevantes trabalhos profissionais executados na Comunicação.

“Trata-se de uma homenagem de reconhecimento para os veículos de comunicação que tiveram destaque em seus respectivos trabalhos. Obviamente há outros. Não podemos conhecer todos, mas conseguimos selecionar alguns. E todos os escolhidos estão aqui para representar a mídia evangélica”, avaliou deputado.

“Destaco as reportagens feitas pela revista Mais Destaque ao longo destes anos, sobretudo aquela sobre pedofilia, em 2009, que é também o nosso âmbito de trabalho. Homenageá-los é um grande prazer”, analisou o político.

Com sua primeira edição em novembro de 2003, a MD tem tiragem bimestral de 15 mil exemplares, além de site e blog. Segundo a assessoria da revista, o objetivo da publicação é tratar temas relevantes com perspectiva e postura cristã.

“Essa homenagem ficará eternamente gravada em minha vida como uma experiência única, de reconhecimento a todo o trabalho realizado com muito amor e dedicação”, concluiu Marcelo Inácio, diretor da Mais Destaque. Ele recebeu a condecoração das mãos do deputado José Bruno.

Tadeu Inácio

terça-feira, 22 de junho de 2010

Luis Fabiano, mas pode chamar de Henry

Lembra-se da mão de Thierry Henry, o atacante francês, aparando a bola para dar o passe para o gol que classificaria a França e eliminaria a Irlanda do Mundial da África do Sul? Lembra-se também do rugido coletivo e universal de repúdio que se seguiu, principalmente no Brasil?

Muito justo. Mas qual é a diferença entre o braço de Luis Fabiano e a mão de Henry, fora a parte do corpo envolvida no crime? Zero. E onde está, então, o rugido de indignação com a validação do gol do centroavante brasileiro?

O que há é exatamente o oposto, mesmo entre dois dos colunistas que eu facilmente colocaria no meu panteão de heróis da crônica esportiva, a saber Tostão e Juca Kfouri, na Folha de segunda-feira.

Tostão chegou a considerar "antológico" o gol, "apesar de a bola ter tocado em seu braço".
Não, Tostão, não. A bola não tocou no braço, o braço é que foi erguido para aparar a bola, uma vez e na seguinte também. Sem o uso do braço, Luis Fabiano não dominaria a bola e, por extensão, não haveria gol, muito menos gol "antológico".

Juca dá ao gol status de Pelé e escreve que "os três chapéus (...) anulam a matada com o braço que antecedeu o arremate".

De novo, não é nada disso, Juca. O braço é a causa do gol, não os três chapéus. Ou seja, não dá para dizer que foi um golaço, APESAR do braço, porque o que houve foi um gol POR CAUSA do braço, não apesar dele.

Dias antes desse jogo, e aproveitando o período forçado de repouso como "habeas-corpus" para ver todas as mesas-redondas sobre a Copa sem que minha mulher pudesse reclamar (muito), ouvi no canal SporTV, o colunista Renato Maurício do Prado, também de "O Globo", fazer um verdadeiro comício contra a França, justamente por conta do gol irregular que Henry armou.

Chegou a dizer que gostaria que os dois gols do México, o 2 x 0 contra a França, tivessem sido ambos irregulares para que a França provasse de seu próprio veneno.

Não deixa de ser uma vingança poética (e ética), mas para ficar coerente, gostaria de checar se ele, agora, vai rogar praga para que o Brasil seja eliminado com um gol de mão (de preferência numa eventual partida contra a Argentina).

O que há de ruim nesse episódio --em tantos outros que envolvem a seleção brasileira em Copas-- é a aceitação de comportamentos jornalísticos inadmissíveis em outras circunstâncias.

Caso da Rede Globo, por exemplo (e que conste que vi o jogo, bem como todos os anteriores na ESPN Brasil, enfim um canal que informa mais do que torce).

Terminada a partida, Galvão Bueno, forçado a reconhecer que Luis Fabiano usara duas vezes o braço, encerrou o assunto mais ou menos assim: se ele [Luis Fabiano] disse que foi involuntário, então foi involuntário.

Imagine agora se o "Jornal Nacional" mostrasse José Roberto Arruda, o governador afastado do DF, dizendo que recebeu, sim, propina, mas "involuntariamente". William Bonner enceraria o telejornal dizendo que, se Arruda afirma que foi involuntário, então foi involuntário? Jamais.

Se é assim, então porque a Globo não aplica um "cala a boca, Galvão"? Que jornalistas esportivos torçam para a sua seleção (acontece em todos os países do mundo) é algo tão inevitável quanto o sol nascer todos os dias. Mas pelo menos deveriam ser proibidos de torcer também os fatos.

Clóvis Rossi (Folha de S.Paulo)

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Permita ser impactado

Não contive as lágrimas. Desagüei (com trema e tudo). A cena de uma senhora abraçando um presidiário tocou-me. Cumprindo a missão de Cristo, milhares de adventistas saíram às ruas no dia 15 de maio e levaram esperança. E não foi apenas para lembrar às pessoas que existe um dia de repouso.

Após participar, reportar, divulgar e entrar de cabeça no projeto "Impacto Esperança", percebi que o foco não foi o sábado, mas as pessoas por quem Jesus deu a Sua preciosa vida. A campanha levou milhões de sul-americanos ao conhecimento do sábado bíblico como dia de descanso, através da revista Um Dia de Esperança e do livro Tempo de Esperança, de Mark Finley.

A motivação veio, certamente, pela razão principal do sábado existir: o amor de Deus pelo ser humano. "O sábado foi estabelecido por causa do homem, e não o homem por causa do sábado, de sorte que o Filho do Homem é senhor também do sábado", disse Jesus.

Mais de dois milhões de pessoas envolvidas em mostrar que o amor do Deus Criador pelas Suas criaturas é “a coisa mais linda deste mundo”. O pastor Alejandro Bullón que me perdoe por usar sua mais célebre frase.

Maravilhoso é pensar que todo este trabalho foi potencializado pela ação de comunicadores e jornalistas como eu e você.

Agradeçamos a Deus por fazer parte deste singular momento do cristianismo e da história deste mundo.

Permita-se emocionar também, assim como eu. Assista a este recurso midiático: http://esperanca.portaladventista.org/?q=pt/videos/o-melhor-do-impacto-esperanca

Se for hispânico ou preferir o espanhol:
http://esperanca.portaladventista.org/?q=es/videos/lo-mejor-de-impacto-esperanza

Márcio Basso

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Jornalistas da NT recebem capacitação


“Treinar, qualificar e integrar os profissionais de jornalismo da NT, além de poder refletir questões importantes da prática jornalística aliada à pregação do evangelho”. Este foi, segundo a gerente da Central Novo Tempo de Jornalismo, Betina Pinto, o objetivo da capacitação recebida nesse domingo, 13 de junho, por 17 profissionais da NT.

O dia começou com alguns conselhos do diretor geral da Rede de Comunicação, Marlon Lopes, que convocou o grupo a “identificar-se com Cristo, com seus ensinos e com sua missão”, para “através da notícia passar lampejos de esperança e alegria”.

A maior parte da manhã foi preenchida por duas palestras do jornalista Siloé de Almeida, que contou a história da comunicação na Igreja Adventista e citou, entre outros, Domingos Peixoto, pioneiro da área nas décadas de 40 e 50 no Brasil.

Como relações públicas, Peixoto levou o então presidente Getúlio Vargas ao Instituto Adventista de Ensino, hoje Universidade Adventista de São Paulo, campus 1, localizado na zona sul da capital. Na ocasião, ao ser perguntado se o suco de uva que lhe oferecera, produzido pelo colégio adventista, era bom, Vargas surpreendeu e disse: “é super bom”. A resposta virou a marca da empresa Superbom.

Roberto Azevedo, Durval S. de Lima, que fez o primeiro programa evangélico da rádio brasileira, Kiotaca Shirai, Artur de Souza, José Alfredo Torres, Assad Bechara, também foram citados por Siloé de Almeida, que nas últimas décadas já foi diretor de hospital, de escola, assessor de imprensa e fez dezenas de trabalhos para a Igreja Adventista e para a Rede Globo.

Siloé ressaltou que utilizou a comunicação para fazer crescer todas as instituições que dirigiu e trabalhou. Ele ainda aconselhou que o mais importante de uma notícia não é quem, mas o quê. O jornalista e pastor também falou sobre ética, num painel com Betina Pinto e o radialista e jornalista da NT Elias Teixeira que, juntamente José Antônio Ferrari, começou no fim da década de 1990 o jornalismo radial da Rede.

Não ser ator numa notícia, ser imparcial e seguir fielmente a linha editorial, e a possibilidade do jornalismo NT ser independente, por não depender de anunciantes e não ter conluios com partidos políticos, fizeram parte da pauta. Também se tratou da ética com a pessoa, com a fonte, com a notícia, com todos os públicos, com outras religiões, com colegas, etc.

No período da tarde, os cinegrafistas tiveram aulas práticas com o gerente de programação da TV Novo Tempo, Luciano Vilela; já os jornalistas receberam aulas de texto de TV, com Betina Pinto, de texto de rádio, com Elias Teixeira, e de interpretação de notícias, com o jornalista Márcio Basso.

Betina aproveitou o encontro para reforçar a linha editorial da emissora, que promove o criacionismo, pautas de comportamento, prestação de serviço e leva esperança através de mensagens bíblicas e estilo de vida saudável (mente e corpo).

Para a jornalista Gabriela Frontini, a capacitação “foi extremante positiva, principalmente pelo fato de profissionais da própria igreja compartilharem seus conhecimentos”. Contudo, destaca que “isto não anula a importância de buscar palestrantes de outras emissoras”.

Márcio Basso

quinta-feira, 10 de junho de 2010

2010 é o ano da Esperança


Desde o início do ano a Igreja Adventista respira Esperança. Todos os treinamentos, cursos e seminários desenvolvidos nos trouxeram para a nossa principal mensagem “a breve volta de Jesus”. E neste ano essa mensagem está recheada com um algo a mais: o Sábado.

Nessa vida corrida e estressante em que o tempo tem se tornado um bem cada vez mais escasso, Deus nos pede um tempo, um dia em especial, ao final de cada semana, para podermos estar com Ele. Mas por quê? Ora se Deus é o dono de tudo, inclusive do tempo, por que Ele pediria uma coisa dessas, bem sabendo que temos tantas coisa a fazer? Simples, porque Ele, e somente Ele, sabe o que é melhor para nós.

Desde quando criou o homem Deus instituiu o Sábado para que pudéssemos estar com Ele. É um Pai querendo desfrutar tempo com Seus filhos. Este é o significado do Sábado, um encontro em família, em que nós, os filhos de Deus, podemos nos encontrar com o nosso Pai num dia todo especial que Ele separou só para isso. Não é um privilégio?

Aqueles que têm parentes distantes sabem bem como é importante estar de volta ao seio da família. Todos os irmãos, com seus filhos e cônjuges, se reunindo na casa do Pai, que olha com amor e satisfação os filhos crescidos e encaminhados. É uma grande festa. E a cada sábado é assim que Deus se porta. Como um Pai ansioso esperando Seus filhos entrar pela porta de Sua casa para visitá-Lo e conversar com Ele. E se estivermos dispostos a ouvir, Ele, certamente, tem ótimos conselhos para nos dar.

Que no próximo Sábado você e sua família também estejam nesse encontro. E se lá, na casa de Deus, vocês abrirem o coração, poderão ver a alegria dos olhos do Pai se transformando em bênçãos sem medidas, que farão a diferença não só na sua vida, ou na de sua família, mas que farão a diferença no mundo inteiro.

Carla Ferraz
Jornalista

quarta-feira, 9 de junho de 2010

“Infotenimento”: realidade e ficção

Em 17 de maio, comemora-se o Dia Mundial das Telecomunicações e da Sociedade da Informação. Apesar de a data ser desconhecida, os meios de comunicação de massa, objeto da comemoração, estão cada vez mais presentes e são influenciadores do nosso cotidiano. E não precisa ser acadêmico na área para perceber que, mais do que sociedade da informação, somos a sociedade do entretenimento, da busca pelo prazer.

Informar e entreter, eis duas funções básicas da mídia. Tradicionalmente, ao jornalismo coube a função de noticiar e interpretar fatos, prestando assim um serviço à sociedade. E o entretenimento, por sua vez, ficava restrito aos outros gêneros midiáticos como as novelas, filmes e a ficção de modo geral. Porém, hoje, o que vemos é a fusão das duas vertentes: o “infotenimento”, neologismo resultante da junção das palavras informação e entretenimento. O modelo adotado por muitos veículos de comunicação no fim do século 20, vem ganhando força, espaço e audiência, sem restrição de formas e conteúdo.

O problema, a meu ver, é que a linha que separa a realidade da ficção é muito tênue. Prova disso, é que os telejornais, por exemplo, pautam o entretenimento, ao fazer das celebridades e programas do gênero, notícias de destaque. Por outro lado, as telenovelas pautam suas tramas com temas de “responsabilidade social” a fim de ganhar notoriedade nos veículos que vivem do “infotenimento”.

Ao expor o descaso com os portadores de deficiência física e trabalhar com a temática de superação pessoa, uma telenovela se torna fonte para grandes reportagens a despeito de fazer apologia ao adultério, à prostituição, à mentira e à violência, temas recorrentes na telinha. Assim, em nome da prestação de serviço público, celebridades se tornam modelos de conduta, sem nenhum julgamento crítico da parte do público.

Para mim, o “infotenimento” tem implicações espirituais. A antiga serpente do Éden não tem hesitado em usar essa linguagem com nova roupagem de sua milenar estratégia: misturar de forma atrativa a verdade com o erro. Ao promover um sincretismo maldirecionado da ficção com a realidade, a serpente pretende baixar nossa guarda para suas mentiras politicamente corretas.

Se por um lado o inimigo de Deus tem iludido milhões com essa técnica midiática, é verdade também que muitos têm buscado algo além do sensacionalismo e futilidades veiculados; estão em busca do sentimento real para a vida. Por meio de mídias alternativas, como nossas emissoras de rádio e TV, revistas, sites e blogs, eles têm encontrado exemplos de conduta, prazer e felicidade baseados na mais confiável fonte de informação: a Bíblia. Por isso, o que temos diante de nós é uma oportunidade singular de assistir, compartilhar e divulgar aquilo que faz diferença.

Ana Paula Ramos, assessora de imprensa da Igreja Adventista, em Campinas, SP.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

ASN TV já está no ar

A primeira experiência da Agência Adventista Sul-Americana de Notícias (ASN) na TV está no ar e poderá ser vista agora semanalmente em português e espanhol. ASN TV é um projeto que tem como objetivo destacar o que de principal tem ocorrido na Igreja Adventista do Sétimo Dia em toda a América do Sul.

ASN - 13/04/2010 from Igreja Adventista on Vimeo.

Estratégias e suas quantificações

Os três clássicos da sociologia, Karl Marx, Émile Durkheim e Max Weber, sempre foram referências nas disciplinas teóricas dos cursos de comunicação, em textos próprios e através de outros autores que seguiram seus métodos de análise. No entanto, uma capacidade que os dois primeiros mostraram intensamente e que no terceiro deu origem ao seu trabalho principal, não foi devidamente aproveitada nos currículos, salvo, talvez, exceções: a matemática e a estatística.

Tanto Durkheim como Marx usaram números com abundância para comprovar suas teses. Foram rigorosos em suas pesquisas e por isso produziram ciência social da maior qualidade. Max Weber não utilizou quantidades e sua obra é igualmente reconhecida como determinante. Porém, é interessante notar que em A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo o autor inicia com uma constatação-chave para sua pesquisa, proveniente da estatística, e após, conectando fatos, históricos e sociológicos e cimentando suas causalidades em um modelo descritivo que, pode-se dizer, aproxima-se do matemático pelo seu rigor, criou um fundamento das ciências sociais.

Contudo, números nunca foram conteúdos bem vindos no ensino e pesquisa da comunicação, o que é um erro porque matemática e estatística são imprescindíveis para se chegar a resultados objetivos, indiscutíveis – ou seja, científicos. (E antes que alguém observe que Marx, com suas equações, errou feio, me adianto e digo que seu erro foi ter minimizado o papel político do Estado em uma economia capitalista, porque o econômico, expressado na matemática das relações sociais de produção, está correto.)

Capacidade de quantificação

Números e palavras se complementam, os primeiros oferecendo exatidão, já que não admitem dúvidas, e as segundas explicando o que eles significam. Ao mesmo tempo, estimulam a racionalidade materializada em decisões estratégicas. E isso é importante no ramo de assessorias de comunicação, pois lidam com o bem intangível da imagem em situações de crise/conflitos.

Estratégia é resultado de um pensamento derivado da matemática, resultado do "espírito de cálculo", e é o suporte para que o indivíduo tenha algum controle sobre o futuro. Na perspectiva da Teo ria dos Jogos, Mário Henrique Simonsen, em seu livro Ensaios Analíticos, escreve: "Para cada jogador, uma estratégia é um plano completo de jogo. Esse plano deve indicar como o jogador escolherá cada um dos seus lances, conforme a evolução do jogo".

Não sendo uma mera abstração, este plano de ação deve indicar como se pode ganhar mais e perder menos, logo, são quantias que definem seu objetivo e, por isso, seu conteúdo deve ser convertido para valores numéricos. Em uma situação onde pode haver perda de imagem, e se essa for quantificada, preferir perder duas em vez de quatro é a escolha certa. Parece óbvio, mas na realidade não é assim tão fácil, porque para isto é preciso que se tenha a racionalidade de um jogo e capacidade de quantificação.

Técnicas e modelos

Por exemplo, vamos supor que uma empresa gera um fato negativo que pode prejudicar sua imagem. Estabelece-se um jogo entre a sua assessoria e uma emissora de televisão. Essa tem duas es tratégias: divulgar o fato e insistir no fato; e a assessoria, assumir a culpa e não assumir a culpa. Os ganhos e perdas são: para a empresa, imagem; para a TV, audiência.

Quantificando-se os ganhos e perdas e montando-se uma matriz de pagamentos com os valores, é possível demonstrar, matematicamente, e com simplicidade, que a melhor estratégia para a assessoria é assumir a culpa, e assim ela estará fazendo o melhor que pode em função das ações da TV, minimizando a perda de imagem da empresa. A escolha desta estratégia também é capaz de limitar as ações da TV e impedir o aumento de sua audiência.

Ao assumir a culpa, a assessoria encerrou o jogo e se a TV insistir no fato terá diminuição de audiência, porque, agora, não há mais interesse no assunto. No entanto, se a assessoria utilizasse a estratégia de não assumir a culpa, a TV teria ganhos de audiência, já que insistiria no fato, pois ainda haveria material a ser explorado, e a empresa teria perda de imagem maio r.

Neste caso, o melhor resultado para a assessoria exige a racionalidade do tipo "perder menos é ganhar" para a geração de respostas dentro da rapidez que envolve a produção da notícia, o que significa procurar o ponto ótimo, um equilíbrio entre perdas e ganhos. Mas, sobretudo, exige a transformação de declarações qualitativas, "subjetivas", o que se pensa como "melhor", geralmente sem parâmetros reais, em valores numéricos. Apenas o senso de medida pode obter o melhor.

Existem técnicas e modelos capazes de contabilizar bens intangíveis, como a imagem, de forma estrutural, para agregar valor econômico ao patrimônio. Na conjuntura de uma crise é preciso racionalizar, com agilidade, o que deve ser dito e feito, partindo do pressuposto de que a quantificação é decisiva para selecionar a melhor estratégia. Para isto, o trato com números deve fazer parte do trabalho de uma assessoria e dos currículos de comunicação.

Professor Hélio Schuch, no Observatório da Imprensa
Sugestão: Professor Ruben Dargan Holdorf

quarta-feira, 7 de abril de 2010

No Dia do Jornalista, Fenaj pressiona políticos pela aprovação das PECs

A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) prepara manifestações para marcar o dia do Jornalista, celebrado nesta quarta-feira (07/04). A entidade definiu com os sindicatos, reunidos no Conselho da Entidade, dia 27/03, a agenda de atividades, que tem como objetivo a aprovação das Propostas de Emenda Constitucional (PECs), que tramitam na Câmara e no Senado, em favor da exigência do diploma de jornalismo para o exercício da profissão.

“Todos os sindicatos estão preparando atividades. O eixo disso é a nossa luta pela exigência de diploma para atuar como jornalista. Estamos organizando manifestações junto ao Parlamento, Assembleias, junto aos deputados”, explicou Celso Schröder, vice-presidente da Fenaj.

De acordo com Schröder, a ideia da entidade é chamar a atenção para o debate sobre a profissão. “O dia vai ser lembrado pela reinvidicação da categoria. Existe um silêncio da grande mídia sobre esse assunto. A ideia é construir esse debate via imprensa alternativa e furar um pouco isso, além de dar ritmo aos nossos trabalhos na tramitação das PECs”.

No sindicato de Brasília, por exemplo, as atividades se concentrarão no Congresso Nacional, pela aprovação das PECs. Do outro lado da polêmica que envolve o diploma, o sindicato dos jornalistas de Santa Catarina realizará um seminário para debater a filiação de jornalistas sem formação superior específica.

Izabela Vasconcelos, do Comunique-se

terça-feira, 6 de abril de 2010

Entre o silêncio e o crime

O Vaticano está desnorteado. Como Estado e como religião. A inédita situação ficou visível na Sexta-Feira Santa, quando o reverendo Raniero Cantalamessa – pregador da Casa Papal há 30 anos – comparou as críticas mundiais à hierarquia católica com as acusações e calúnias que sofreram os judeus durante séculos.

"O uso de estereótipos, a passagem da culpa e responsabilidade pessoal para a culpa coletiva lembram os aspectos mais vergonhosos do anti-semitismo", disse o pregador. Horas depois ele foi desautorizado pelo porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi.

Intelectual de alto nível, o sacerdote franciscano Cantalamessa serviu-se de uma metáfora no mínimo insultuosa: ao longo de mais de um milênio as acusações aos judeus de praticarem assassinatos rituais (justamente na época do Pessach sempre próximo da Páscoa cristã) partiram de delirantes pregadores que percorriam a Europa clamando por castigos para os assassinos de Cristo. Impossível registrar o número depogroms, chacinas, linchamentos, violações e expulsões que se seguiram às desvairadas prédicas.

Uma coisa é certa: o preconceito cristão anti-semita solidificou-se e tornou-se institucional. Sobre ele erigiram-se nos séculos 15 e 16 as inquisições ibéricas e, no fim do 19, o anti-semitismo nacionalista e "científico" do qual o nazismo é o fruto mais sanguinário.

Jogo político

O reverendo Cantalamessa, não obstante os atributos intelectuais e espirituais, pecou: mentiu, caluniou, tentou subverter a história imaginando que com isso barraria a onda de críticas contra a tibieza da hierarquia católica diante dos abusos praticados por sacerdotes.

Foi um ato desesperado de um Estado que, de repente, se sente sitiado e vê-se obrigado a apelar para a religião que o sustenta. Desvendou a grande contradição que a ambos fragiliza. Religiões veneram monumentos sagrados, mas transcendem o espaço e o tempo; os mandamentos da fé não podem impor-se à legalidade dos Estados onde é praticada.

A omissão da hierarquia católica diante da avassaladora onda de abusos sexuais partiu de uma premissa enganosa que as Concordatas do Vaticano com países católicos – inclusive o Brasil – só aumentaram: as leis canônicas devem reger apenas a comunidade espiritual, os códigos civis regem as relações sociais. Abuso sexual é pecado, mas antes disso é crime e os crimes devem ser punidos mesmo quando praticados porcidadão especiais, os sacerdotes.

O celibato e os votos de castidade têm sido apontados como os principais responsáveis pelos desvios sexuais, pelos casamentos clandestinos de sacerdotes, pelo desestímulo às novas vocações e, sobretudo, pela evasão de religiosos já ordenados.

Esta é uma questão para os teólogos. O que tem garantido a impunidade dos pecadores e criminosos é uma questão política: raros são os Estados rigorosamente seculares. Nos Estados Unidos há um pseudo-secularismo que se mantém apenas como fator de equilíbrio confessional, controlador de eventuais hegemonias. Neste território semi-secular, vagamente laico, a igreja católica impõe os seus parâmetros, seus valores e suas leis. O mesmo acontece na Irlanda e na Alemanha. Nestas circunstâncias, até mesmo a mídia torna-se pseudo-secular, acomodando-se às dubiedades e ao jogo político delas resultantes.

Fanatismo e politização

Esta é a explicação para uma impunidade cínica que estimulou e agigantou a pedofilia. De repente, por casualidade ou causalidade estatística, a revelação e o choque nos dias mais sagrados do cristianismo.

Culpar o papa Bento 16 por esta situação é pérfido. O pontífice João Paulo 2º foi o grande protetor do padre Marcial Maciel, criador da Legião de Cristo. Quem puniu o mexicano e enquadrou publicamente sua entidade foi Bento 16.

A igreja católica enredou-se na sua hegemonia, esta é a verdade. A saída irônica, paradoxal, seria abrir mão dela. O que poderia reverter a atual dinâmica antivaticanista e amenizar o estresse seria a compreensão de que Estados e instituições verdadeiramente seculares – sobretudo a imprensa – são capazes de divulgar com serenidade e punir com severidade os abusos cometidos sob o manto da religião.

Esta não é uma questão que se situa apenas no âmbito teológico ou canônico da igreja católica. Esta é uma questão política capaz de reforçar a espiritualidade das religiões e torná-las menos sujeitas ao fanatismo e à politização.

Martinho Lutero surgiu e fortaleceu-se no meio de um terremoto de idêntica dimensão.

Alberto Dines, jornalista, no Observatório da Imprensa - http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos.asp?cod=584JDB001

terça-feira, 30 de março de 2010

Cid Moreira destaca a Bíblia em lançamento de sua biografia


“Só posso e quero trabalhar com a Bíblia”, citação feita por Cid Moreira no lançamento de sua biografia Boa Noite, dia 23 de março, no Shopping Morumbi em São Paulo. O destaque da noite não ficou só no lançamento do livro, mas também na persistência do locutor em falar quase o tempo todo da Palavra de Deus. Em entrevista a Rádio Novo Tempo Campinas, Cid foi ainda mais categórico e cita o livro Caminho a Cristo, da escritora americana Ellen White. “Foi o livro que me instigou a ler a Bíblia”, afirmou. De acordo com a esposa de Cid e autora do livro Boa Noite, Fátima Sampaio Moreira, há mais de 10 anos o locutor foi convidado pela CPB (Casa Publicadora Brasileira) para gravar um áudio book do Caminho a Cristo. “Ele precisava entender o livro e começou a estudar a Bíblia. Quando entendeu se apaixonou”, conta a esposa. Ela fala ainda que o estudo da Bíblia o tornou mais tolerante, mais preocupado em tratar o semelhante e temer a Deus.

Quando comecei a entrevistar o Cid, a minha primeira pergunta foi sobre importância do Jornal Nacional na sua vida, justamente porque o nome do livro foi inspirado no telejornal. Ele me respondeu rapidamente que foi o prestígio do JN que o possibilitou a gravar a Bíblia na íntegra. Em outro momento perguntei da importância do rádio, uma vez que foi nesse veículo que iniciou sua carreira profissional. Cid respondeu a minha pergunta, mas, em seguida, voltou a falar da Bíblia. Numa terceira vez, perguntei que cuidados ele tinha com a voz, que é sua marca registrada. A resposta: “a despreocupação, a confiança em Deus, tudo isso, beneficia e você jamais fica estressado. Isso que eu recomendo”.

A ocasião contou com a presença de personalidades do jornalismo do País e também de veículos de comunicação como a Rede Novo Tempo, TV Globo, Rede TV, TV Caras, dentre tantos outros veículos que cercaram Fátima e Cid com perguntas sobre o lançamento da biografia. Pude acompanhar de perto as entrevistas e novamente ver e ouvir o carinho especial de Cid pela Bíblia. Já que dizem que as mulheres são intuitivas, me atrevo a falar que o Cid realmente transparece um amor imenso pela Palavra de Deus. O locutor não se intimidou e falou sobre os ensinamentos bíblicos em todas as entrevistas. Confesso que fiquei surpresa, em ver o Cid Moreira falar com a imprensa sempre buscando colocar a Bíblia Sagrada em evidência.

Há muito tempo, o casal Cid e Fátima demonstram um carinho especial pelos adventistas. Gostaria de transcrever, alguns trechos da página 65 do livro Boa Noite, que falam sobre o Manual de Saúde, da CPB:
“Por causa desse livro aprendi bem cedo o valor das frutas, verduras e sementes em nosso vida”. O livro conta ainda que um dos motivos que o fizeram desistir de ser carnívoro são os problemas de saúde que teve influência por causa da carne de porco.

Na página 181, o livro Caminho a Cristo também é citado:
“Quando comecei a gravar, percebi que quase tudo que ela (referindo-se a Ellen White) escrevia era baseado em fatos bíblicos e vinha com a referência em seguida. Então, cada vez que eu via lá: livro, capítulo e versículo tal do Velho ou Novo Testamento, eu pesquisava na Bíblia e procurava entender o que ela estava ensinando. Assim, fui ganhando maior contado e intimidade com o Livro Sagrado”.

Na entrevista com a esposa de Cid, ela revela também que a primeira atividade do dia que os dois fazem juntos é o culto. “Lemos a Bíblia e a Devoção Matinal da Igreja Adventista todas as manhãs. Refletimos sobre o que estudamos”. Na página 191, Cid exibe fotos e o apreço da amizade com membros da Igreja Adventista como, Milton Afonso, a cantora Rafaela Pinho e a maestrina Suzana Hirle. E, ainda destaca o pastor e jornalista Siloé de Almeida com um de seus grandes amigos. Indico a você, a leitura dessa obra fascinante de 294 páginas que além de falar sobre os principais acontecimentos na mídia, coloca em evidência nosso Criador.

Citações de Cid Moreira nas páginas 182 e 183:
“Sou uma pessoa de credibilidade em meu trabalho, que teve muitas coisas que muitos poderiam chamar de sucesso. Era reconhecido por um país inteiro, onde quer que eu fosse, tive relacionamentos amorosos com muitas mulheres bonitas e inteligentes, tive dinheiro, prestígio e cultura. Usufruí de conforto e pratiquei esportes. Vivo em uma das cidades mais bonitas do mundo, quase em frente ao mar. Viajei e visitei várias partes do planeta, assisti a grandes espetáculos de música e peças nos mais renomados teatros e casas de shows do mundo; então, muitos vão insistir que isso é sucesso e tudo o que o homem precisa nessa vida. Eu vou dizer do fundo do meu coração: é tudo ilusão, como refletiu tão vem o sábio rei Salomão. É tudo ilusão!

“Esse mundo da criação, em que tudo flutua e gira vagando no imenso espaço em que a gente passa esses anos de nossa vida, já é por si só divino e maravilhoso. Só esse fato já merece celebração. Mas nós, miseráveis, que andamos de um lado para o outro sem saber para onde estamos indo, nos destruímos mutuamente, mesmo assim queremos um contato com o Todo, com o que é o princípio e o fim, o Alfa e o Ômega. Eu desejo parar de vagar que nem cego, e usar os atributos que me foram dados de maneira inteligente. Quero promover meios que permitam que eu viva e que deixe viver todas as outras criaturas que se encontram nesta mesma casa que me foi emprestada, que é o Planeta Terra.”

Charlise Alves, jornalista da Novo Tempo de Nova Odessa

segunda-feira, 29 de março de 2010

Entre o lícito e o contraditório

Toda e qualquer mensagem que se contrapõem à filosofia que a emissora defende, torna-se contraditória. Exemplos claros são programas de autoajuda, com linguagem menos proselitista para alcançar um público diferenciado. É preciso muita atenção nos textos prontos, em seus autores e o que querem passar.

É possível, por exemplo, que em alguma mensagem para despertar a nossa atenção para a maneira como nos relacionamos, citar a “lenda” do porco espinho que “aprendeu” com o tempo a segurar seu espinho sobre a pele, a ponto de não ser expelido a atingir seus irmãos. Esse “aprendizado” do porco espinho é um pensamento evolucionista. Os evolucionistas creem que esse animal tenha garantido sua manutenção exatamente por esse controle.

São mensagens com exemplos importantes, quando o objetivo é aplicar ao nosso comportamento, sugerindo-nos maior controle sobre as nossas emoções que poderiam ferir aos outros. Mas podemos usar outros exemplos, inclusive bíblicos: “O que quiser que os outros façam a vocês, façam a eles”. É um ensinamento de Jesus. “O que o homem plantar, isso também ceifará”, etc.

Mais que ser um comunicador, é importante que esse profissional que presta serviço a um veículo da igreja tenha essa percepção e conhecimento sobre os princípios de fé, defendidos por sua organização. Podemos estar fazendo até coisas lícitas, sob o ponto de vista social, mas contraditório em relação ao que se crê. A igreja é riquíssima em conteúdo em todas as linhas, com autores afinados com a fé. A Bíblia, principalmente, é um livro rico de informações sobre todos os temas. Que livro há de maior ajuda pessoal que não a Bíblia? –

Para fazer aplicação bíblica aos variados assuntos de interesse público e humano em todas as esferas, é preciso percepção e conhecimento das necessidades humanas. Esse é o motivo das mensagens de Jesus serem atuais, pois as necessidades humanas não mudaram em sua essência. É contraditório usar frases e pensamentos de autores cujas raízes diferem dos princípios defendidos pela igreja, mesmo sendo pensamentos de aceitação pública.

Elias Teixeira, da Rede Novo Tempo de Rádio


domingo, 14 de março de 2010

Por uma Comunicação Social

Quando me graduei na universidade, lembro bem da nomenclatura oficial do curso: Comunicação Social com habilitação em jornalismo. Mas até hoje o termo social, junto à palavra comunicação, incomoda-me um pouco e me causa ainda uma certa perturbação. Pensar que a comunicação social não é social em essência já me deixou mais chateado, porém hoje eu vejo que o caráter social do jornalismo, que pouco existia no passado, parece estar desaparecendo por completo. Basta uma ligação para certas redações de jornais ou emissoras de TV do Brasil e a constatação é garantida. Uma pauta que realmente interessa à sociedade no que diz respeito não apenas à assistência social, mas à formação humana só ganha espaço a um custo elevado. “Vamos ver se vai ter espaço”, “Estamos com poucas equipes”, “ De repente, semana que vem”, são as principais frases-justificativas para que a matéria jornalística não seja veiculada ou publicada.
Mas minha chateação virou reação. Ainda acredito que existam condições de se produzir conteúdo social de relevância para as mídias segmentadas ou de massa. O próprio blog Jornalismo Adventista é uma prova disso. São jornalistas com uma fé bem definida (adventistas) que vasculham notícias onde é mostrada gente, em oito países sul-americanos, capaz de fazer a diferença em suas regiões com ações de saúde, educacionais, sociais, religiosas, assistenciais, apesar das dificuldades e dos recursos escassos. E esses jornalistas escrevem diariamente em seus sites, blogs, revistas e criam programas, notícias para TV e rádio onde reportam uma realidade que ainda existe: a da formação hoje e de um futuro com esperança em Deus.
Eu sinceramente acreditava que a comunicação social já se tornara máxima acadêmica ou, na melhor das hipóteses, alguma sonora expressão típica de pensadores da comunicação teórica e sistêmica. Mas consigo enxergar comunicação social, que é a comunicação em si, através da divulgação do movimento adventista com seus valores, seus princípios, sua relevância e sua importância em uma sociedade como a de hoje que padece pela falta de tudo isso que eu mencionei. O movimento adventista existe para apresentar ao mundo Jesus Cristo e Seus ensinos como a salvação espiritual das pessoas por meio de muitos instrumentos, inclusive a divulgação jornalística. É isso que move o grupo de jornalistas adventistas sul-americanos, tanto os que estão em instituições quanto os que não estão.
Se a palavra social extrapola seus sentidos mais convencionais, então podemos entendê-la como algo que muda, transforma e modifica de forma contundente a vida. Jesus era um comunicador social na medida em que Sua vida, mais do que Sua retórica, foi responsável por agitar uma sociedade absorta em religiosidade artificial, opressão política, preconceitos intermináveis e violência velada e explícita. Nem todos mudaram seus conceitos, mas a realidade foi agitada.
Os comunicadores sociais modernos adventistas têm a missão, junto com tantos outros que também não têm formação específica, contudo que agem na prática assim, de fazer sua parte. De apresentar boas notícias, boas-novas (evangelho) para gente que carece e perece sem esperança no tempo atual e muito menos em relação ao que vem pela frente. Há histórias ainda escondidas por esta América do Sul que precisam ser contada, recontadas, divulgadas, espalhadas, partilhadas e evidenciadas para que a luz brilhe. “Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus” (Mateus 5:16)”. Amém!

Felipe Lemos, jornalista

sexta-feira, 12 de março de 2010

Veja mais fotos do Encontro de Assessores de Comunicação em SP

Seguem abaixo fotos produzidas pelo jornalista Ansel Oliver do 1º Encontro de Assessores de Comunicação da Divisão Sul-Americana.

Encontro inédito de jornalistas adventistas discute comunicação estratégica



Guarulhos, SP ... [ASN] Cerca de 50 jornalistas adventistas sul-americanos se reuniram em Guarulhos, SP, para buscar orientação, promover a integração e mostrar a representatividade do grupo dentro da Igreja Adventista. O encontro, realizado nos dias 8 a 11 de março, o primeiro do gênero, contou com a participação dos assessores de imprensa das sedes administrativas e instituições de toda a América do Sul.
Para os organizadores e participantes, o evento foi mais um passo importante no desenvolvimento de estratégias de divulgação para o público não adventista, profissionalização da comunicação da Igreja e convergência das mídias denominacionais. A programação incluiu palestras sobre gerenciamento de crise, relacionamento com a imprensa secular e produção de reportagens para os sites, revistas, TV e rádios adventistas. Na terça-feira e quarta-feira, os assessores visitaram a Rede Novo Tempo, em Jacareí, e a Casa Publicadora Brasileira, em Tatuí, ambas as instituições localizadas no interior paulista.
Na abertura do programa, as palavras e a emoção dos organizadores, os jornalistas Felipe Lemos e Márcia Ebinger, traduziram o ineditismo do encontro e a expectativa do grupo: “Esse encontro é histórico, não apenas por ser o primeiro, mas por ter sido tão aguardado”, Felipe resumiu a importância do encontro. Por sua vez, Márcia, que há quase dez anos trabalha na sede sul-americana dos adventistas, lembrou as dificuldades do passado: “Na época, nem sequer sonhávamos com a possibilidade de realizar um evento como esse. Lembro que quando terminei a faculdade de jornalismo, há 20 anos, alguns me perguntaram o que eu iria fazer com esse curso. Éramos poucos.”
Se há pouco tempo, o número de jornalistas que trabalhavam para a Igreja Adventista era escasso, hoje, esse grupo é emergente. “Esse encontro é um apoio para esse grupo que nasceu e se estruturou a pouco tempo e que tem um grande potencial. Nós entendemos que a comunicação é algo estratégico e os assessores de imprensa podem nos ajudar a divulgar nossa mensagem para o público interno e externo”, justificou o pastor Erton Kölher, presidente da Igreja Adventista na América do Sul.
O encontro agradou aos jornalistas que atuam no Brasil e nos demais países hispanos. Para Ana Paula Ramos, que trabalha na sede da Igreja em Campinas, SP, “o evento foi um momento pontual no cenário da comunicação, porque vem ajudar a desenvolver uma visão mais corporativa de comunicação dentro da organização e a facilitar a integração das mídias adventistas”. O pastor Marcos Blanco, redator chefe da editora adventista da Argentina, ressaltou que o evento foi importante para os profissionais hispanos trocar experiências com os profissionais brasileiros que trabalham num contexto de comunicação denominacional mais desenvolvido.
Quem também voltou satisfeito para casa foi o jornalista americano Ansel Oliver, editor da ANN (agência adventista de notícias da Igreja Adventista mundial). Ele destacou a profissionalização dos adventistas na área de comunicação, mas acredita que é preciso que as instituições sul-americanas entendam que a função da assessoria de imprensa é mais do que alimentar um site denominacional e intermediar a relação entre a Igreja Adventista e a comunidade.
Pelo consenso dos participantes, é preciso maior investimento na comunicação institucional adventista e conscientização de administradores e jornalistas, porém, o encontro em Guarulhos representou um importante passo, nesse caminho que deve avançar pelos próximos anos. Mas, pela velocidade com que as mudanças têm ocorrido, a expectativa é das melhores. [Equipe ASN, Wendel Lima]