terça-feira, 30 de março de 2010

Cid Moreira destaca a Bíblia em lançamento de sua biografia


“Só posso e quero trabalhar com a Bíblia”, citação feita por Cid Moreira no lançamento de sua biografia Boa Noite, dia 23 de março, no Shopping Morumbi em São Paulo. O destaque da noite não ficou só no lançamento do livro, mas também na persistência do locutor em falar quase o tempo todo da Palavra de Deus. Em entrevista a Rádio Novo Tempo Campinas, Cid foi ainda mais categórico e cita o livro Caminho a Cristo, da escritora americana Ellen White. “Foi o livro que me instigou a ler a Bíblia”, afirmou. De acordo com a esposa de Cid e autora do livro Boa Noite, Fátima Sampaio Moreira, há mais de 10 anos o locutor foi convidado pela CPB (Casa Publicadora Brasileira) para gravar um áudio book do Caminho a Cristo. “Ele precisava entender o livro e começou a estudar a Bíblia. Quando entendeu se apaixonou”, conta a esposa. Ela fala ainda que o estudo da Bíblia o tornou mais tolerante, mais preocupado em tratar o semelhante e temer a Deus.

Quando comecei a entrevistar o Cid, a minha primeira pergunta foi sobre importância do Jornal Nacional na sua vida, justamente porque o nome do livro foi inspirado no telejornal. Ele me respondeu rapidamente que foi o prestígio do JN que o possibilitou a gravar a Bíblia na íntegra. Em outro momento perguntei da importância do rádio, uma vez que foi nesse veículo que iniciou sua carreira profissional. Cid respondeu a minha pergunta, mas, em seguida, voltou a falar da Bíblia. Numa terceira vez, perguntei que cuidados ele tinha com a voz, que é sua marca registrada. A resposta: “a despreocupação, a confiança em Deus, tudo isso, beneficia e você jamais fica estressado. Isso que eu recomendo”.

A ocasião contou com a presença de personalidades do jornalismo do País e também de veículos de comunicação como a Rede Novo Tempo, TV Globo, Rede TV, TV Caras, dentre tantos outros veículos que cercaram Fátima e Cid com perguntas sobre o lançamento da biografia. Pude acompanhar de perto as entrevistas e novamente ver e ouvir o carinho especial de Cid pela Bíblia. Já que dizem que as mulheres são intuitivas, me atrevo a falar que o Cid realmente transparece um amor imenso pela Palavra de Deus. O locutor não se intimidou e falou sobre os ensinamentos bíblicos em todas as entrevistas. Confesso que fiquei surpresa, em ver o Cid Moreira falar com a imprensa sempre buscando colocar a Bíblia Sagrada em evidência.

Há muito tempo, o casal Cid e Fátima demonstram um carinho especial pelos adventistas. Gostaria de transcrever, alguns trechos da página 65 do livro Boa Noite, que falam sobre o Manual de Saúde, da CPB:
“Por causa desse livro aprendi bem cedo o valor das frutas, verduras e sementes em nosso vida”. O livro conta ainda que um dos motivos que o fizeram desistir de ser carnívoro são os problemas de saúde que teve influência por causa da carne de porco.

Na página 181, o livro Caminho a Cristo também é citado:
“Quando comecei a gravar, percebi que quase tudo que ela (referindo-se a Ellen White) escrevia era baseado em fatos bíblicos e vinha com a referência em seguida. Então, cada vez que eu via lá: livro, capítulo e versículo tal do Velho ou Novo Testamento, eu pesquisava na Bíblia e procurava entender o que ela estava ensinando. Assim, fui ganhando maior contado e intimidade com o Livro Sagrado”.

Na entrevista com a esposa de Cid, ela revela também que a primeira atividade do dia que os dois fazem juntos é o culto. “Lemos a Bíblia e a Devoção Matinal da Igreja Adventista todas as manhãs. Refletimos sobre o que estudamos”. Na página 191, Cid exibe fotos e o apreço da amizade com membros da Igreja Adventista como, Milton Afonso, a cantora Rafaela Pinho e a maestrina Suzana Hirle. E, ainda destaca o pastor e jornalista Siloé de Almeida com um de seus grandes amigos. Indico a você, a leitura dessa obra fascinante de 294 páginas que além de falar sobre os principais acontecimentos na mídia, coloca em evidência nosso Criador.

Citações de Cid Moreira nas páginas 182 e 183:
“Sou uma pessoa de credibilidade em meu trabalho, que teve muitas coisas que muitos poderiam chamar de sucesso. Era reconhecido por um país inteiro, onde quer que eu fosse, tive relacionamentos amorosos com muitas mulheres bonitas e inteligentes, tive dinheiro, prestígio e cultura. Usufruí de conforto e pratiquei esportes. Vivo em uma das cidades mais bonitas do mundo, quase em frente ao mar. Viajei e visitei várias partes do planeta, assisti a grandes espetáculos de música e peças nos mais renomados teatros e casas de shows do mundo; então, muitos vão insistir que isso é sucesso e tudo o que o homem precisa nessa vida. Eu vou dizer do fundo do meu coração: é tudo ilusão, como refletiu tão vem o sábio rei Salomão. É tudo ilusão!

“Esse mundo da criação, em que tudo flutua e gira vagando no imenso espaço em que a gente passa esses anos de nossa vida, já é por si só divino e maravilhoso. Só esse fato já merece celebração. Mas nós, miseráveis, que andamos de um lado para o outro sem saber para onde estamos indo, nos destruímos mutuamente, mesmo assim queremos um contato com o Todo, com o que é o princípio e o fim, o Alfa e o Ômega. Eu desejo parar de vagar que nem cego, e usar os atributos que me foram dados de maneira inteligente. Quero promover meios que permitam que eu viva e que deixe viver todas as outras criaturas que se encontram nesta mesma casa que me foi emprestada, que é o Planeta Terra.”

Charlise Alves, jornalista da Novo Tempo de Nova Odessa

segunda-feira, 29 de março de 2010

Entre o lícito e o contraditório

Toda e qualquer mensagem que se contrapõem à filosofia que a emissora defende, torna-se contraditória. Exemplos claros são programas de autoajuda, com linguagem menos proselitista para alcançar um público diferenciado. É preciso muita atenção nos textos prontos, em seus autores e o que querem passar.

É possível, por exemplo, que em alguma mensagem para despertar a nossa atenção para a maneira como nos relacionamos, citar a “lenda” do porco espinho que “aprendeu” com o tempo a segurar seu espinho sobre a pele, a ponto de não ser expelido a atingir seus irmãos. Esse “aprendizado” do porco espinho é um pensamento evolucionista. Os evolucionistas creem que esse animal tenha garantido sua manutenção exatamente por esse controle.

São mensagens com exemplos importantes, quando o objetivo é aplicar ao nosso comportamento, sugerindo-nos maior controle sobre as nossas emoções que poderiam ferir aos outros. Mas podemos usar outros exemplos, inclusive bíblicos: “O que quiser que os outros façam a vocês, façam a eles”. É um ensinamento de Jesus. “O que o homem plantar, isso também ceifará”, etc.

Mais que ser um comunicador, é importante que esse profissional que presta serviço a um veículo da igreja tenha essa percepção e conhecimento sobre os princípios de fé, defendidos por sua organização. Podemos estar fazendo até coisas lícitas, sob o ponto de vista social, mas contraditório em relação ao que se crê. A igreja é riquíssima em conteúdo em todas as linhas, com autores afinados com a fé. A Bíblia, principalmente, é um livro rico de informações sobre todos os temas. Que livro há de maior ajuda pessoal que não a Bíblia? –

Para fazer aplicação bíblica aos variados assuntos de interesse público e humano em todas as esferas, é preciso percepção e conhecimento das necessidades humanas. Esse é o motivo das mensagens de Jesus serem atuais, pois as necessidades humanas não mudaram em sua essência. É contraditório usar frases e pensamentos de autores cujas raízes diferem dos princípios defendidos pela igreja, mesmo sendo pensamentos de aceitação pública.

Elias Teixeira, da Rede Novo Tempo de Rádio


domingo, 14 de março de 2010

Por uma Comunicação Social

Quando me graduei na universidade, lembro bem da nomenclatura oficial do curso: Comunicação Social com habilitação em jornalismo. Mas até hoje o termo social, junto à palavra comunicação, incomoda-me um pouco e me causa ainda uma certa perturbação. Pensar que a comunicação social não é social em essência já me deixou mais chateado, porém hoje eu vejo que o caráter social do jornalismo, que pouco existia no passado, parece estar desaparecendo por completo. Basta uma ligação para certas redações de jornais ou emissoras de TV do Brasil e a constatação é garantida. Uma pauta que realmente interessa à sociedade no que diz respeito não apenas à assistência social, mas à formação humana só ganha espaço a um custo elevado. “Vamos ver se vai ter espaço”, “Estamos com poucas equipes”, “ De repente, semana que vem”, são as principais frases-justificativas para que a matéria jornalística não seja veiculada ou publicada.
Mas minha chateação virou reação. Ainda acredito que existam condições de se produzir conteúdo social de relevância para as mídias segmentadas ou de massa. O próprio blog Jornalismo Adventista é uma prova disso. São jornalistas com uma fé bem definida (adventistas) que vasculham notícias onde é mostrada gente, em oito países sul-americanos, capaz de fazer a diferença em suas regiões com ações de saúde, educacionais, sociais, religiosas, assistenciais, apesar das dificuldades e dos recursos escassos. E esses jornalistas escrevem diariamente em seus sites, blogs, revistas e criam programas, notícias para TV e rádio onde reportam uma realidade que ainda existe: a da formação hoje e de um futuro com esperança em Deus.
Eu sinceramente acreditava que a comunicação social já se tornara máxima acadêmica ou, na melhor das hipóteses, alguma sonora expressão típica de pensadores da comunicação teórica e sistêmica. Mas consigo enxergar comunicação social, que é a comunicação em si, através da divulgação do movimento adventista com seus valores, seus princípios, sua relevância e sua importância em uma sociedade como a de hoje que padece pela falta de tudo isso que eu mencionei. O movimento adventista existe para apresentar ao mundo Jesus Cristo e Seus ensinos como a salvação espiritual das pessoas por meio de muitos instrumentos, inclusive a divulgação jornalística. É isso que move o grupo de jornalistas adventistas sul-americanos, tanto os que estão em instituições quanto os que não estão.
Se a palavra social extrapola seus sentidos mais convencionais, então podemos entendê-la como algo que muda, transforma e modifica de forma contundente a vida. Jesus era um comunicador social na medida em que Sua vida, mais do que Sua retórica, foi responsável por agitar uma sociedade absorta em religiosidade artificial, opressão política, preconceitos intermináveis e violência velada e explícita. Nem todos mudaram seus conceitos, mas a realidade foi agitada.
Os comunicadores sociais modernos adventistas têm a missão, junto com tantos outros que também não têm formação específica, contudo que agem na prática assim, de fazer sua parte. De apresentar boas notícias, boas-novas (evangelho) para gente que carece e perece sem esperança no tempo atual e muito menos em relação ao que vem pela frente. Há histórias ainda escondidas por esta América do Sul que precisam ser contada, recontadas, divulgadas, espalhadas, partilhadas e evidenciadas para que a luz brilhe. “Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus” (Mateus 5:16)”. Amém!

Felipe Lemos, jornalista

sexta-feira, 12 de março de 2010

Veja mais fotos do Encontro de Assessores de Comunicação em SP

Seguem abaixo fotos produzidas pelo jornalista Ansel Oliver do 1º Encontro de Assessores de Comunicação da Divisão Sul-Americana.

Encontro inédito de jornalistas adventistas discute comunicação estratégica



Guarulhos, SP ... [ASN] Cerca de 50 jornalistas adventistas sul-americanos se reuniram em Guarulhos, SP, para buscar orientação, promover a integração e mostrar a representatividade do grupo dentro da Igreja Adventista. O encontro, realizado nos dias 8 a 11 de março, o primeiro do gênero, contou com a participação dos assessores de imprensa das sedes administrativas e instituições de toda a América do Sul.
Para os organizadores e participantes, o evento foi mais um passo importante no desenvolvimento de estratégias de divulgação para o público não adventista, profissionalização da comunicação da Igreja e convergência das mídias denominacionais. A programação incluiu palestras sobre gerenciamento de crise, relacionamento com a imprensa secular e produção de reportagens para os sites, revistas, TV e rádios adventistas. Na terça-feira e quarta-feira, os assessores visitaram a Rede Novo Tempo, em Jacareí, e a Casa Publicadora Brasileira, em Tatuí, ambas as instituições localizadas no interior paulista.
Na abertura do programa, as palavras e a emoção dos organizadores, os jornalistas Felipe Lemos e Márcia Ebinger, traduziram o ineditismo do encontro e a expectativa do grupo: “Esse encontro é histórico, não apenas por ser o primeiro, mas por ter sido tão aguardado”, Felipe resumiu a importância do encontro. Por sua vez, Márcia, que há quase dez anos trabalha na sede sul-americana dos adventistas, lembrou as dificuldades do passado: “Na época, nem sequer sonhávamos com a possibilidade de realizar um evento como esse. Lembro que quando terminei a faculdade de jornalismo, há 20 anos, alguns me perguntaram o que eu iria fazer com esse curso. Éramos poucos.”
Se há pouco tempo, o número de jornalistas que trabalhavam para a Igreja Adventista era escasso, hoje, esse grupo é emergente. “Esse encontro é um apoio para esse grupo que nasceu e se estruturou a pouco tempo e que tem um grande potencial. Nós entendemos que a comunicação é algo estratégico e os assessores de imprensa podem nos ajudar a divulgar nossa mensagem para o público interno e externo”, justificou o pastor Erton Kölher, presidente da Igreja Adventista na América do Sul.
O encontro agradou aos jornalistas que atuam no Brasil e nos demais países hispanos. Para Ana Paula Ramos, que trabalha na sede da Igreja em Campinas, SP, “o evento foi um momento pontual no cenário da comunicação, porque vem ajudar a desenvolver uma visão mais corporativa de comunicação dentro da organização e a facilitar a integração das mídias adventistas”. O pastor Marcos Blanco, redator chefe da editora adventista da Argentina, ressaltou que o evento foi importante para os profissionais hispanos trocar experiências com os profissionais brasileiros que trabalham num contexto de comunicação denominacional mais desenvolvido.
Quem também voltou satisfeito para casa foi o jornalista americano Ansel Oliver, editor da ANN (agência adventista de notícias da Igreja Adventista mundial). Ele destacou a profissionalização dos adventistas na área de comunicação, mas acredita que é preciso que as instituições sul-americanas entendam que a função da assessoria de imprensa é mais do que alimentar um site denominacional e intermediar a relação entre a Igreja Adventista e a comunidade.
Pelo consenso dos participantes, é preciso maior investimento na comunicação institucional adventista e conscientização de administradores e jornalistas, porém, o encontro em Guarulhos representou um importante passo, nesse caminho que deve avançar pelos próximos anos. Mas, pela velocidade com que as mudanças têm ocorrido, a expectativa é das melhores. [Equipe ASN, Wendel Lima]