segunda-feira, 29 de março de 2010

Entre o lícito e o contraditório

Toda e qualquer mensagem que se contrapõem à filosofia que a emissora defende, torna-se contraditória. Exemplos claros são programas de autoajuda, com linguagem menos proselitista para alcançar um público diferenciado. É preciso muita atenção nos textos prontos, em seus autores e o que querem passar.

É possível, por exemplo, que em alguma mensagem para despertar a nossa atenção para a maneira como nos relacionamos, citar a “lenda” do porco espinho que “aprendeu” com o tempo a segurar seu espinho sobre a pele, a ponto de não ser expelido a atingir seus irmãos. Esse “aprendizado” do porco espinho é um pensamento evolucionista. Os evolucionistas creem que esse animal tenha garantido sua manutenção exatamente por esse controle.

São mensagens com exemplos importantes, quando o objetivo é aplicar ao nosso comportamento, sugerindo-nos maior controle sobre as nossas emoções que poderiam ferir aos outros. Mas podemos usar outros exemplos, inclusive bíblicos: “O que quiser que os outros façam a vocês, façam a eles”. É um ensinamento de Jesus. “O que o homem plantar, isso também ceifará”, etc.

Mais que ser um comunicador, é importante que esse profissional que presta serviço a um veículo da igreja tenha essa percepção e conhecimento sobre os princípios de fé, defendidos por sua organização. Podemos estar fazendo até coisas lícitas, sob o ponto de vista social, mas contraditório em relação ao que se crê. A igreja é riquíssima em conteúdo em todas as linhas, com autores afinados com a fé. A Bíblia, principalmente, é um livro rico de informações sobre todos os temas. Que livro há de maior ajuda pessoal que não a Bíblia? –

Para fazer aplicação bíblica aos variados assuntos de interesse público e humano em todas as esferas, é preciso percepção e conhecimento das necessidades humanas. Esse é o motivo das mensagens de Jesus serem atuais, pois as necessidades humanas não mudaram em sua essência. É contraditório usar frases e pensamentos de autores cujas raízes diferem dos princípios defendidos pela igreja, mesmo sendo pensamentos de aceitação pública.

Elias Teixeira, da Rede Novo Tempo de Rádio


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