quarta-feira, 30 de junho de 2010

Metas do novo diretor mundial de comunicação: integração de mídias e fortalecimento da web


Desde 2007, na Associação Geral da Igreja Adventista do Sétimo Dia, na condição de número 2 da comunicação mundial, o brasileiro Williams Costa Jr, de 58 anos, está otimista quanto ao futuro. Em sua mente, duas metas estão bem claras para os próximos cinco anos para a estratégia de comunicação de uma organização com quase 17 milhões de membros e profundas diferenças culturais. Ele se tornou o novo diretor de comunicação em nomeação realizada em Atlanta, nos Estados Unidos, nesta semana.

O pastor Costa Jr. vai assumir um departamento com nove pessoas e atuação nos segmentos de relações públicas, assessoria de imprensa, agência de notícias, web e produção de conteúdo para TV, além de campanhas publicitárias.

“Uma das metas que precisamos perseguir é a de integrar as mídias adventistas como rádio, TV, web, agência de notícias”, comenta. Quando fala em integração, sendo mais específico, o brasileiro afirma que uma das ideias é que se crie uma espécie de central de jornalismo, por exemplo, capaz de gerar conteúdo relevante para a Igreja Adventista e para interessados nas informações adventistas, e que seja aproveitado por todas as mídias simultaneamente. O resultado, na avaliação de Costa Jr, é diminuição de custos e resultados mais efetivos. “A comunicação não é um departamento, mas um serviço estratégico”, explica.

Outra grande meta do novo diretor é a expansão e consolidação da web como grande plataforma para propagação da mensagem do evangelho em todo o planeta. Perguntado mais detalhadamente a respeito do que poderia ser feito, Costa Jr. afirmou que a atuação através de redes sociais terá grande importância nos próximos anos, o que permitirá uma maior interatividade. “Queremos, também, estimular o desenvolvimento próprio de canais de comunicação na web. Quando eu vejo um Facebook ou um Twitter, fico pensando em por que os adventistas, também, não podem criar mecanismos assim. Vamos trabalhar neste sentido”, assegura o líder.

Felipe Lemos

Williams Costa Jr. é o novo diretor de comunicação mundial adventista


A Comissão de Nomeações da Associação Geral da Igreja Adventista anunciou, na noite desta terça-feira, 29,a nomeação e o plenário aprovou o nome do novo diretor de comunicação da Igreja Adventista do Sétimo Dia no mundo.

Trata-se do maestro brasileiro e pastor Williams Soares Costa Jr, que assume o departamento de Comunicação em substituição ao pastor polonês Rajmund Dabrowsky.

Costa Jr. é natural de Recife, Pernambuco, tem 58 anos de idade e possui formação musical. É autor de vários hinos e canções utilizadas no hinário adventista e já atua como diretor associado do departamento. O músico já foi diretor de comunicação da Igreja para oito países da América do Sul: Argentina, Brasil, Bolívia, Chile, Paraguai, Uruguai, Peru e Equador.

Felipe Lemos

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Mais Destaque recebe homenagem na Assembleia Legislativa de São Paulo


O dia 21 de junho de 2010 certamente entrará para a história da Mais Destaque (MD). Nesta data, uma aprazível segunda-feira paulistana, a MD foi homenageada durante solenidade no Dia da Mídia, ocorrida no Plenário Juscelino Kubitschek da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp). O editor Marcelo Inácio recebeu uma placa de reconhecimento ao trabalho desempenhado na categoria Revista.

A solenidade, liderada pelo deputado estadual José Bruno (DEM), é dedicada aos profissionais de imprensa evangélicos, à mídia gospel e demais instituições ligadas à comunicação. Para tanto, é levado em conta diversos aspectos de cada área. Periodicidade, conteúdo, credibilidade, profissionalismo e relevância são alguns deles.

Na placa recebida vem a seguinte mensagem: Homenagem aos profissionais de imprensa, veículos e instituições de comunicação evangélicos. O deputado estadual José Bruno e a Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo oferecem esta homenagem para revista Mais Destaque, como reconhecimento pelos relevantes trabalhos profissionais executados na Comunicação.

“Trata-se de uma homenagem de reconhecimento para os veículos de comunicação que tiveram destaque em seus respectivos trabalhos. Obviamente há outros. Não podemos conhecer todos, mas conseguimos selecionar alguns. E todos os escolhidos estão aqui para representar a mídia evangélica”, avaliou deputado.

“Destaco as reportagens feitas pela revista Mais Destaque ao longo destes anos, sobretudo aquela sobre pedofilia, em 2009, que é também o nosso âmbito de trabalho. Homenageá-los é um grande prazer”, analisou o político.

Com sua primeira edição em novembro de 2003, a MD tem tiragem bimestral de 15 mil exemplares, além de site e blog. Segundo a assessoria da revista, o objetivo da publicação é tratar temas relevantes com perspectiva e postura cristã.

“Essa homenagem ficará eternamente gravada em minha vida como uma experiência única, de reconhecimento a todo o trabalho realizado com muito amor e dedicação”, concluiu Marcelo Inácio, diretor da Mais Destaque. Ele recebeu a condecoração das mãos do deputado José Bruno.

Tadeu Inácio

terça-feira, 22 de junho de 2010

Luis Fabiano, mas pode chamar de Henry

Lembra-se da mão de Thierry Henry, o atacante francês, aparando a bola para dar o passe para o gol que classificaria a França e eliminaria a Irlanda do Mundial da África do Sul? Lembra-se também do rugido coletivo e universal de repúdio que se seguiu, principalmente no Brasil?

Muito justo. Mas qual é a diferença entre o braço de Luis Fabiano e a mão de Henry, fora a parte do corpo envolvida no crime? Zero. E onde está, então, o rugido de indignação com a validação do gol do centroavante brasileiro?

O que há é exatamente o oposto, mesmo entre dois dos colunistas que eu facilmente colocaria no meu panteão de heróis da crônica esportiva, a saber Tostão e Juca Kfouri, na Folha de segunda-feira.

Tostão chegou a considerar "antológico" o gol, "apesar de a bola ter tocado em seu braço".
Não, Tostão, não. A bola não tocou no braço, o braço é que foi erguido para aparar a bola, uma vez e na seguinte também. Sem o uso do braço, Luis Fabiano não dominaria a bola e, por extensão, não haveria gol, muito menos gol "antológico".

Juca dá ao gol status de Pelé e escreve que "os três chapéus (...) anulam a matada com o braço que antecedeu o arremate".

De novo, não é nada disso, Juca. O braço é a causa do gol, não os três chapéus. Ou seja, não dá para dizer que foi um golaço, APESAR do braço, porque o que houve foi um gol POR CAUSA do braço, não apesar dele.

Dias antes desse jogo, e aproveitando o período forçado de repouso como "habeas-corpus" para ver todas as mesas-redondas sobre a Copa sem que minha mulher pudesse reclamar (muito), ouvi no canal SporTV, o colunista Renato Maurício do Prado, também de "O Globo", fazer um verdadeiro comício contra a França, justamente por conta do gol irregular que Henry armou.

Chegou a dizer que gostaria que os dois gols do México, o 2 x 0 contra a França, tivessem sido ambos irregulares para que a França provasse de seu próprio veneno.

Não deixa de ser uma vingança poética (e ética), mas para ficar coerente, gostaria de checar se ele, agora, vai rogar praga para que o Brasil seja eliminado com um gol de mão (de preferência numa eventual partida contra a Argentina).

O que há de ruim nesse episódio --em tantos outros que envolvem a seleção brasileira em Copas-- é a aceitação de comportamentos jornalísticos inadmissíveis em outras circunstâncias.

Caso da Rede Globo, por exemplo (e que conste que vi o jogo, bem como todos os anteriores na ESPN Brasil, enfim um canal que informa mais do que torce).

Terminada a partida, Galvão Bueno, forçado a reconhecer que Luis Fabiano usara duas vezes o braço, encerrou o assunto mais ou menos assim: se ele [Luis Fabiano] disse que foi involuntário, então foi involuntário.

Imagine agora se o "Jornal Nacional" mostrasse José Roberto Arruda, o governador afastado do DF, dizendo que recebeu, sim, propina, mas "involuntariamente". William Bonner enceraria o telejornal dizendo que, se Arruda afirma que foi involuntário, então foi involuntário? Jamais.

Se é assim, então porque a Globo não aplica um "cala a boca, Galvão"? Que jornalistas esportivos torçam para a sua seleção (acontece em todos os países do mundo) é algo tão inevitável quanto o sol nascer todos os dias. Mas pelo menos deveriam ser proibidos de torcer também os fatos.

Clóvis Rossi (Folha de S.Paulo)

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Permita ser impactado

Não contive as lágrimas. Desagüei (com trema e tudo). A cena de uma senhora abraçando um presidiário tocou-me. Cumprindo a missão de Cristo, milhares de adventistas saíram às ruas no dia 15 de maio e levaram esperança. E não foi apenas para lembrar às pessoas que existe um dia de repouso.

Após participar, reportar, divulgar e entrar de cabeça no projeto "Impacto Esperança", percebi que o foco não foi o sábado, mas as pessoas por quem Jesus deu a Sua preciosa vida. A campanha levou milhões de sul-americanos ao conhecimento do sábado bíblico como dia de descanso, através da revista Um Dia de Esperança e do livro Tempo de Esperança, de Mark Finley.

A motivação veio, certamente, pela razão principal do sábado existir: o amor de Deus pelo ser humano. "O sábado foi estabelecido por causa do homem, e não o homem por causa do sábado, de sorte que o Filho do Homem é senhor também do sábado", disse Jesus.

Mais de dois milhões de pessoas envolvidas em mostrar que o amor do Deus Criador pelas Suas criaturas é “a coisa mais linda deste mundo”. O pastor Alejandro Bullón que me perdoe por usar sua mais célebre frase.

Maravilhoso é pensar que todo este trabalho foi potencializado pela ação de comunicadores e jornalistas como eu e você.

Agradeçamos a Deus por fazer parte deste singular momento do cristianismo e da história deste mundo.

Permita-se emocionar também, assim como eu. Assista a este recurso midiático: http://esperanca.portaladventista.org/?q=pt/videos/o-melhor-do-impacto-esperanca

Se for hispânico ou preferir o espanhol:
http://esperanca.portaladventista.org/?q=es/videos/lo-mejor-de-impacto-esperanza

Márcio Basso

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Jornalistas da NT recebem capacitação


“Treinar, qualificar e integrar os profissionais de jornalismo da NT, além de poder refletir questões importantes da prática jornalística aliada à pregação do evangelho”. Este foi, segundo a gerente da Central Novo Tempo de Jornalismo, Betina Pinto, o objetivo da capacitação recebida nesse domingo, 13 de junho, por 17 profissionais da NT.

O dia começou com alguns conselhos do diretor geral da Rede de Comunicação, Marlon Lopes, que convocou o grupo a “identificar-se com Cristo, com seus ensinos e com sua missão”, para “através da notícia passar lampejos de esperança e alegria”.

A maior parte da manhã foi preenchida por duas palestras do jornalista Siloé de Almeida, que contou a história da comunicação na Igreja Adventista e citou, entre outros, Domingos Peixoto, pioneiro da área nas décadas de 40 e 50 no Brasil.

Como relações públicas, Peixoto levou o então presidente Getúlio Vargas ao Instituto Adventista de Ensino, hoje Universidade Adventista de São Paulo, campus 1, localizado na zona sul da capital. Na ocasião, ao ser perguntado se o suco de uva que lhe oferecera, produzido pelo colégio adventista, era bom, Vargas surpreendeu e disse: “é super bom”. A resposta virou a marca da empresa Superbom.

Roberto Azevedo, Durval S. de Lima, que fez o primeiro programa evangélico da rádio brasileira, Kiotaca Shirai, Artur de Souza, José Alfredo Torres, Assad Bechara, também foram citados por Siloé de Almeida, que nas últimas décadas já foi diretor de hospital, de escola, assessor de imprensa e fez dezenas de trabalhos para a Igreja Adventista e para a Rede Globo.

Siloé ressaltou que utilizou a comunicação para fazer crescer todas as instituições que dirigiu e trabalhou. Ele ainda aconselhou que o mais importante de uma notícia não é quem, mas o quê. O jornalista e pastor também falou sobre ética, num painel com Betina Pinto e o radialista e jornalista da NT Elias Teixeira que, juntamente José Antônio Ferrari, começou no fim da década de 1990 o jornalismo radial da Rede.

Não ser ator numa notícia, ser imparcial e seguir fielmente a linha editorial, e a possibilidade do jornalismo NT ser independente, por não depender de anunciantes e não ter conluios com partidos políticos, fizeram parte da pauta. Também se tratou da ética com a pessoa, com a fonte, com a notícia, com todos os públicos, com outras religiões, com colegas, etc.

No período da tarde, os cinegrafistas tiveram aulas práticas com o gerente de programação da TV Novo Tempo, Luciano Vilela; já os jornalistas receberam aulas de texto de TV, com Betina Pinto, de texto de rádio, com Elias Teixeira, e de interpretação de notícias, com o jornalista Márcio Basso.

Betina aproveitou o encontro para reforçar a linha editorial da emissora, que promove o criacionismo, pautas de comportamento, prestação de serviço e leva esperança através de mensagens bíblicas e estilo de vida saudável (mente e corpo).

Para a jornalista Gabriela Frontini, a capacitação “foi extremante positiva, principalmente pelo fato de profissionais da própria igreja compartilharem seus conhecimentos”. Contudo, destaca que “isto não anula a importância de buscar palestrantes de outras emissoras”.

Márcio Basso

quinta-feira, 10 de junho de 2010

2010 é o ano da Esperança


Desde o início do ano a Igreja Adventista respira Esperança. Todos os treinamentos, cursos e seminários desenvolvidos nos trouxeram para a nossa principal mensagem “a breve volta de Jesus”. E neste ano essa mensagem está recheada com um algo a mais: o Sábado.

Nessa vida corrida e estressante em que o tempo tem se tornado um bem cada vez mais escasso, Deus nos pede um tempo, um dia em especial, ao final de cada semana, para podermos estar com Ele. Mas por quê? Ora se Deus é o dono de tudo, inclusive do tempo, por que Ele pediria uma coisa dessas, bem sabendo que temos tantas coisa a fazer? Simples, porque Ele, e somente Ele, sabe o que é melhor para nós.

Desde quando criou o homem Deus instituiu o Sábado para que pudéssemos estar com Ele. É um Pai querendo desfrutar tempo com Seus filhos. Este é o significado do Sábado, um encontro em família, em que nós, os filhos de Deus, podemos nos encontrar com o nosso Pai num dia todo especial que Ele separou só para isso. Não é um privilégio?

Aqueles que têm parentes distantes sabem bem como é importante estar de volta ao seio da família. Todos os irmãos, com seus filhos e cônjuges, se reunindo na casa do Pai, que olha com amor e satisfação os filhos crescidos e encaminhados. É uma grande festa. E a cada sábado é assim que Deus se porta. Como um Pai ansioso esperando Seus filhos entrar pela porta de Sua casa para visitá-Lo e conversar com Ele. E se estivermos dispostos a ouvir, Ele, certamente, tem ótimos conselhos para nos dar.

Que no próximo Sábado você e sua família também estejam nesse encontro. E se lá, na casa de Deus, vocês abrirem o coração, poderão ver a alegria dos olhos do Pai se transformando em bênçãos sem medidas, que farão a diferença não só na sua vida, ou na de sua família, mas que farão a diferença no mundo inteiro.

Carla Ferraz
Jornalista

quarta-feira, 9 de junho de 2010

“Infotenimento”: realidade e ficção

Em 17 de maio, comemora-se o Dia Mundial das Telecomunicações e da Sociedade da Informação. Apesar de a data ser desconhecida, os meios de comunicação de massa, objeto da comemoração, estão cada vez mais presentes e são influenciadores do nosso cotidiano. E não precisa ser acadêmico na área para perceber que, mais do que sociedade da informação, somos a sociedade do entretenimento, da busca pelo prazer.

Informar e entreter, eis duas funções básicas da mídia. Tradicionalmente, ao jornalismo coube a função de noticiar e interpretar fatos, prestando assim um serviço à sociedade. E o entretenimento, por sua vez, ficava restrito aos outros gêneros midiáticos como as novelas, filmes e a ficção de modo geral. Porém, hoje, o que vemos é a fusão das duas vertentes: o “infotenimento”, neologismo resultante da junção das palavras informação e entretenimento. O modelo adotado por muitos veículos de comunicação no fim do século 20, vem ganhando força, espaço e audiência, sem restrição de formas e conteúdo.

O problema, a meu ver, é que a linha que separa a realidade da ficção é muito tênue. Prova disso, é que os telejornais, por exemplo, pautam o entretenimento, ao fazer das celebridades e programas do gênero, notícias de destaque. Por outro lado, as telenovelas pautam suas tramas com temas de “responsabilidade social” a fim de ganhar notoriedade nos veículos que vivem do “infotenimento”.

Ao expor o descaso com os portadores de deficiência física e trabalhar com a temática de superação pessoa, uma telenovela se torna fonte para grandes reportagens a despeito de fazer apologia ao adultério, à prostituição, à mentira e à violência, temas recorrentes na telinha. Assim, em nome da prestação de serviço público, celebridades se tornam modelos de conduta, sem nenhum julgamento crítico da parte do público.

Para mim, o “infotenimento” tem implicações espirituais. A antiga serpente do Éden não tem hesitado em usar essa linguagem com nova roupagem de sua milenar estratégia: misturar de forma atrativa a verdade com o erro. Ao promover um sincretismo maldirecionado da ficção com a realidade, a serpente pretende baixar nossa guarda para suas mentiras politicamente corretas.

Se por um lado o inimigo de Deus tem iludido milhões com essa técnica midiática, é verdade também que muitos têm buscado algo além do sensacionalismo e futilidades veiculados; estão em busca do sentimento real para a vida. Por meio de mídias alternativas, como nossas emissoras de rádio e TV, revistas, sites e blogs, eles têm encontrado exemplos de conduta, prazer e felicidade baseados na mais confiável fonte de informação: a Bíblia. Por isso, o que temos diante de nós é uma oportunidade singular de assistir, compartilhar e divulgar aquilo que faz diferença.

Ana Paula Ramos, assessora de imprensa da Igreja Adventista, em Campinas, SP.